Não é normal que os meus melhores amigos actuais tenham quase 80 anos. Por um acaso extraordinário sou vizinha deles agora. Oiço com reserva privada as suas preocupações com o "teu futuro susaninha!" oiço ainda com mais reservas as suas posições políticas. E o que é certo é que nos devidos intervalos das suas aventuras rotineiras (se é que se podem chamar aventuras a uma coisa rotineira!) no Hospital Inglês, nutro uma profunda afinidade vivencial com eles. São, de facto, um casal e souberam crescer e envelhecer juntos. Afinidade que há muito deixei de ter com a minha, chamada, geração. Parecido mesmo só quando me perguntaram numa entrevista de Mestrado (a primeira!) em Literatura Portuguesa Contemporânea qual era o meu autor português contemporâneo preferido e eu ter respondido sem titubeio, Soares de Passos. Só não caiu o Carmo e a Trindade porque não havia nem um nem outra.
Mas este é um momento acentuado de crise. Irei mudar de ideias, decerto. A doença chama-se: Senilidade precoce e o Autor é este:
Mas este é um momento acentuado de crise. Irei mudar de ideias, decerto. A doença chama-se: Senilidade precoce e o Autor é este:
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